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O vídeo de Bolsonaro e a indignação seletiva

Parece que após um certo período de afastamento das redes sociais, ou diminuição da frequência do uso, o Presidente do Brasil resolveu voltar com determinada euforia, interagindo com os demais usuários das redes sociais, sobretudo no twitter, que vem sendo até então a principal ferramenta de comunicação de Jair Bolsonaro.


No dia 05 de março de 2019, em pleno carnaval, dentre diversas postagens, Jair publicou um tweet com o seguinte texto:


"Não me sinto confortável em mostrar, mas temos que expor a verdade para a população ter conhecimento e sempre tomar suas prioridades. É isto que tem virado muitos blocos de rua no carnaval brasileiro. Comentem e tirem suas conslusões:"


No mesmo tweet foi anexado um vídeo de 39 segundos onde três pessoas estão acima da fachada de uma loja, praticando atos obscenos. Uma das pessoas, seminu, abaixa-se enquanto a outra (um homem) expõe seu órgão genital e urina em sua cabeça. O ato ocorre em público.


O vídeo, até a publicação deste artigo alcançou os seguintes números: 36 mil comentários, 8 mil compartilhamentos e 44 mil curtidas, possuindo um grandioso alcance.


Todavia, o tweet gerou polêmica, fazendo com que se tornasse o assunto mais comentado da internet, com diversas hashtags referentes ao assunto (algumas apoiando-o, outras tecendo críticas). Diversos veículos de imprensa publicaram matérias sobre o fato, em maioria, criticando a postura do Presidente.


Realmente, é discutível a publicação do tweet, vez que partiu de um Presidente da República. Talvez, Jair Bolsonaro ainda não possua noção do seu tamanho nesse momento. Tudo o que ele faz possui um peso maior, e mais além, possui um peso a nível global.


Porém, frisa-se que não houve indignação por parte de uma parcela da população em face ao conteúdo do vídeo. As críticas visam atacar o Presidente. Alguns ousam dizer que faltou decoro. Mas, sobretudo em relação aos que se posicionam à esquerda (politicamente falando) e em relação aos veículos de imprensa, raras são as críticas em face aos atos criminosos contidos no vídeo.


Sim, são atos criminosos. O capítulo VI do Código Penal trata dos crimes do ultraje público ao pudor, o art. 233 dispõe o seguinte:


"Art. 233 - Praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto ao público:

        Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa."


Pois bem, a indignação do Presidente é válida, e mais, é correta. Muitas pessoas fazem uso do carnaval de rua para fazerem baderna e cometem delitos contra o patrimônio público, ultrajam publicamente ao pudor e atentam contra os costumes.


Notoriamente a indignação de certos grupos é seletiva. Estão errados em discordar e criticar a postura do Presidente? Não, cada um tem seu juízo de valor. Mas criticar o tweet que expôs algo tão ultrajante, sem criticar os ultrajadores, é no mínimo incoerente.


Sem dúvidas, se alguém acha correto, ou normal, a prática de atos obscenos em público, mas critica a sua exposição em um tweet, há notória hipocrisia e manifesta inversão de valores.


Att, Marllon D. de Oliveira (Dr. Marllão)


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